terça-feira, 29 de maio de 2007

Com o tempo nada está imune.


Esboço as feridas e as más memórias no quadro do tempo. Pincelo as dores, as afrontas, as calunias, insucessos e o infortúnio. Mas num canto deixo o espantoso e grandioso.
O tempo passa e olho para este quadro com um espírito sonhador. É uma lei natural. Questiono como me habituei aos seus traços. De repente parece que o seu lado fantástico e maravilhoso desaparece com essa habituação.
Mas não passo remexer as pinturas do quadro, seria estragar.

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